quarta-feira, 19 de março de 2008

Devaneios de um filme do Vinícius

Não existe lugar pra mim,
Não existe lugar para o que eu não sou,
muito menos para aquilo que sou ou “imagino” ser.
Não existe lugar algum que caiba tua ausência
nem tua abundância...
Triste, alegre e intenso é o sentimento que existe em mim,
que vivencio aqui ou ali, mas nunca no meu lugar.

Em lugares quaisquer
Sempre na espera incessante de te encontrar em algum corpo estranho
Em toques efêmeros de uma madrugada gelada de agosto
Tentando extrair aquilo me sufoca
Saciar minha fisiologia
E depois voltar a minha ilusão
Ao meu dês-lugar a minha des-existência

Minha auto-imagem tão bem lapidada
Em órbita dos outro.


(Ni e Didio)

Esse foi escrito por duas mãos, beijusss pro Didio, depois de assistir o filme sobre a vida de Vinicius de Moraes. Lembro que sai do cinema querendo amar e amar ... hehehhe
O desenho é de um artista muito bacana chamado J. Victtor que nasceu em Belo Horizonte em 1957 e vive no Rio de Janeiro. Quem quiser conferir mais dele vale a pena dar uma espiada www.jvicttor.com.br .


2 comentários:

Feliz Aniversário!!! disse...

Adorei o poema a "duas-mãos"... para quem conhece bem teus escritos não é difícil ver que não fostes a única autora.

Só pra constar: adorei o blog!

te amo

beijinhos

Ju

Feliz Aniversário!!! disse...

Ah... esqueci de dizer que adorei a ilustração e dei um pulinho no site do Victtor... muito bom.

Beijos pro Didio também :)