segunda-feira, 7 de abril de 2008

Morte Aparente

Meu corpo estava ali,
Mas não mais te sentia.
Incansavelmente tentavas esquentar minhas mãos,
Elas já não te tocavam.
Não escutavas mais meus suspiros,
E apenas o vento que emanava das frestas te fazia companhia.

Já não era eu,
Sentia-me calma, tranqüila.
Só tua cegueira acreditava nos meus movimentos,
Só tua vontade ainda possuía-me,
Segurava-me.
Deixei de ser o que desejavas,

Mas o sentimento e o delírio ainda correm em ti.

(Agosto de 2007)


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